Gabriel Andreolli.
ALASKA
FRIO E CRU.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Último domingo no Alaska
Descoloria cada vez mais esse quarto, mesmo escrevendo e pintando a sete cores todo o meu drama. Quanto mais distante ela acordava, menos eu dormia. Sonambulava por aí colecionando sóis-nascentes e fotografando com a memória minhas histórias de finais de semana que, por infortúnio, sempre terminavam num domingo. Não existia vida no domingo. Nem aquela bactéria imunda que sobrevive em qualquer ambiente agüentaria um desses domingos. Ligava a TV, mudava de canal, com a pressa de quem foge de um leão anfetaminado, não prestava atenção em porra nenhuma. Botava a culpa na insônia e perdia o horário dos remédios. Afinal, um clichê nunca é demais, e era meu último domingo no Alaska. O mundo estava sendo destruído lá fora e eu ia ficar por aqui mais alguns minutos; Eu sempre termino o meu café, e não me importa que tenha esfriado. Antes ele do que eu.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
"Bizarre Love Webcam"
Claro que era um absurdo alimentar um romance desse tipo. Mas, ela tentava de alguma forma, manter-me conectado até às três da manhã. Não era nem um pouco difícil aguentar a luminosidade na tela do computador dilacerando meus olhos vidrados. Tinha uma madrugada de sexta-feira, uma loira na minha webcam, uma xícara de café gelado pela metade e a carência que só ela e os meus discos conseguiam curar e mesmo com os goles amargos e gélidos do café, somados ao freezer que estava lá fora, encontrava-me em um frenesi febril com todo aquele papo sem pudor.
Dizia estar sem calcinha, com vontade de derreter sobre meus lençóis e eu retrucava essas suas frases sórdidas e libertinas buscando deixá-la mais quente que o inferno. Era cedo demais para deitarmos em nossos leitos distantes. Somente uns mil quilômetros era o que nos separava, e eu ria com toneladas de sarcasmo desse empecilho, para não me esvair em um coquetel de decepções. São Paulo e Porto Alegre - era mais do que óbvio que essa distância impulsionava nossa relação sexual virtual 'super moderna' - o fato de não a ter de quatro em minha cama, toda santa noite, me deixava com aquele desejo de guri, com mil golpes de surpresa por segundo, querendo mostrar que dessa vida já sabe alguma coisa que preste. Mas não, o destino decidiu pegar pesado... Ela não era minha vizinha, não morava nem na Zona Sul, nem na Zona Norte, muito menos bateria à minha porta às quatro da manhã.
Até onde eu sabia não me enquadrava no tipo 'tarado', respeitava e admirava cautelosamente cada centímetro do corpo feminino, com cuidado e devoção; Agora, 'tarado'? Nunca fui, mas, esse era o efeito que aquela paulista dos olhos azuis, com sobrenome de cerveja importada, exercia sobre mim.
Gabriel Andreolli.
Dizia estar sem calcinha, com vontade de derreter sobre meus lençóis e eu retrucava essas suas frases sórdidas e libertinas buscando deixá-la mais quente que o inferno. Era cedo demais para deitarmos em nossos leitos distantes. Somente uns mil quilômetros era o que nos separava, e eu ria com toneladas de sarcasmo desse empecilho, para não me esvair em um coquetel de decepções. São Paulo e Porto Alegre - era mais do que óbvio que essa distância impulsionava nossa relação sexual virtual 'super moderna' - o fato de não a ter de quatro em minha cama, toda santa noite, me deixava com aquele desejo de guri, com mil golpes de surpresa por segundo, querendo mostrar que dessa vida já sabe alguma coisa que preste. Mas não, o destino decidiu pegar pesado... Ela não era minha vizinha, não morava nem na Zona Sul, nem na Zona Norte, muito menos bateria à minha porta às quatro da manhã.
Até onde eu sabia não me enquadrava no tipo 'tarado', respeitava e admirava cautelosamente cada centímetro do corpo feminino, com cuidado e devoção; Agora, 'tarado'? Nunca fui, mas, esse era o efeito que aquela paulista dos olhos azuis, com sobrenome de cerveja importada, exercia sobre mim.
Gabriel Andreolli.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Duas quadras e sete andares
Caminhava com os olhos pregados no chão, ao encontro de alguma coisa que fosse me render menos horas de sono por semana e a sonhada dose peculiar de dopamina que é o êxtase de ficar assistindo rodar a imagem de alguém na sala de cinema da memória.
Os ponteiros do relógio marcavam oito da noite. Agora, se realmente eram oito da noite eu não tinha idéia. Há dias andava meio estabanado, entre xícaras de café e cloridrato de metilfenidato que pareciam não mais surtir efeito em relação à minha desatenção constante, mas pela ausência do sol meu relógio podia estar sendo verdadeiro. Não conseguia mais ver nenhum tipo de filme. Dias atrás tentei ver um drama, desses clichês cults ao melhor estilo Woody Allen, mas ou me pego pensando em o que vou fazer depois, ou que estou cansado de ficar colecionando romances de dois meses ou algo que o valha.
Conversei com um velho aqui no metrô, anteontem, ele me dizia que sua mulher estava com câncer e que, até o dia da notícia, um tanto quanto fúnebre, ele planejava um divórcio, coisa que desistiu na hora em que ela contou de sua doença e que teria no máximo mais uns três meses de vida.
A todo instante me perguntava, chocado, do por que daquele velho homem estar me falando de sua vida pessoal, não que eu não estivesse comovido, até pensei em chorar, por uns 15 segundos, mas essa vontade passou em seguida. O senhor dos cabelos brancos, apelidado de “Mr. Oldman” pela minha mente inquieta, nem me deixou lhe indagar e se despediu.
Peguei o trem e segui em direção ao meu apartamento. Todas aquelas pessoas sentadas ali, ao meu redor, pareciam estar doentes, não via um brilho de motivação em todos aqueles olhos. Mas o que eu podia falar? Meu olhar era o mais doentio de todos. Quem sabe mais doente que o da esposa do “Mr. Oldman”, talvez, seria este o motivo dele vir até mim para contar de sua desventura, pra que eu criasse vergonha na cara e fizesse minha vida transbordar de intensidade como já foi em uma ‘outra’ não tão distante.
O trem acabara de desembarcar em seu destino, duas quadras e sete andares pra chegar ao meu retiro. Sentia-me diferente, não havia vontade qualquer de deitar na cama e ser derrotado pela insônia, e já estava lá pelo quarto andar e ainda não tinha mudado de idéia. Quiçá eu estivesse curado, ou simplesmente tão amargurado a ponto de deixar essa cidade cosmopolita me abraçar.
Gabriel Andreolli.
Os ponteiros do relógio marcavam oito da noite. Agora, se realmente eram oito da noite eu não tinha idéia. Há dias andava meio estabanado, entre xícaras de café e cloridrato de metilfenidato que pareciam não mais surtir efeito em relação à minha desatenção constante, mas pela ausência do sol meu relógio podia estar sendo verdadeiro. Não conseguia mais ver nenhum tipo de filme. Dias atrás tentei ver um drama, desses clichês cults ao melhor estilo Woody Allen, mas ou me pego pensando em o que vou fazer depois, ou que estou cansado de ficar colecionando romances de dois meses ou algo que o valha.
Conversei com um velho aqui no metrô, anteontem, ele me dizia que sua mulher estava com câncer e que, até o dia da notícia, um tanto quanto fúnebre, ele planejava um divórcio, coisa que desistiu na hora em que ela contou de sua doença e que teria no máximo mais uns três meses de vida.
A todo instante me perguntava, chocado, do por que daquele velho homem estar me falando de sua vida pessoal, não que eu não estivesse comovido, até pensei em chorar, por uns 15 segundos, mas essa vontade passou em seguida. O senhor dos cabelos brancos, apelidado de “Mr. Oldman” pela minha mente inquieta, nem me deixou lhe indagar e se despediu.
Peguei o trem e segui em direção ao meu apartamento. Todas aquelas pessoas sentadas ali, ao meu redor, pareciam estar doentes, não via um brilho de motivação em todos aqueles olhos. Mas o que eu podia falar? Meu olhar era o mais doentio de todos. Quem sabe mais doente que o da esposa do “Mr. Oldman”, talvez, seria este o motivo dele vir até mim para contar de sua desventura, pra que eu criasse vergonha na cara e fizesse minha vida transbordar de intensidade como já foi em uma ‘outra’ não tão distante.
O trem acabara de desembarcar em seu destino, duas quadras e sete andares pra chegar ao meu retiro. Sentia-me diferente, não havia vontade qualquer de deitar na cama e ser derrotado pela insônia, e já estava lá pelo quarto andar e ainda não tinha mudado de idéia. Quiçá eu estivesse curado, ou simplesmente tão amargurado a ponto de deixar essa cidade cosmopolita me abraçar.
Gabriel Andreolli.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Drama Queen
Não sei se ela me espera ainda,
Disse que ia roubar estrelas e nunca mais voltei,
Se ela ousou se entregar,
A culpa nunca foi minha
Ela lia as notícias do dia,
Sabia do que podia acontecer,
Desses desencontros da vida...
Ela via muito filme francês,
Que a instigava sonhar demais com outro rapaz,
Que lhe traria rosas colhidas de um jardim qualquer...
E todo aquele romance.
Eu era apenas o cara que cantava sobre saturno,
Que não conhecia nada daquele seu mundo
De Almodóvar a Raimundo.
Aquele cujo, os versos noturnos não faziam sentido algum,
Nós dois juntos era um erro tão comum.
Gabriel Andreolli.
Disse que ia roubar estrelas e nunca mais voltei,
Se ela ousou se entregar,
A culpa nunca foi minha
Ela lia as notícias do dia,
Sabia do que podia acontecer,
Desses desencontros da vida...
Ela via muito filme francês,
Que a instigava sonhar demais com outro rapaz,
Que lhe traria rosas colhidas de um jardim qualquer...
E todo aquele romance.
Eu era apenas o cara que cantava sobre saturno,
Que não conhecia nada daquele seu mundo
De Almodóvar a Raimundo.
Aquele cujo, os versos noturnos não faziam sentido algum,
Nós dois juntos era um erro tão comum.
Gabriel Andreolli.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Desencontros #1
Percorri as estradas do seu corpo, e prometi que eu nunca mais voltaria pro mundo real.
-Você está tão distante...
-Impressão sua, querida. Vem aqui, me abraça.
(...)
Tolo era eu que me enganava tentando enganá-la. Ela passava frio em meus braços.
-É sério, o tempo se tornou o câncer da nossa relação. Nosso amor é tão burro. - dizia ela, aos prantos.
Mas algo me impedia de concordar, de falar, de chorar junto, de beijá-la, mesmo sabendo que era tudo verdade. O nosso amor era ingênuo, o burro era eu... E além do mais, mentiroso. Eu nunca tive um mundo real.
Gabriel Andreolli.
-Você está tão distante...
-Impressão sua, querida. Vem aqui, me abraça.
(...)
Tolo era eu que me enganava tentando enganá-la. Ela passava frio em meus braços.
-É sério, o tempo se tornou o câncer da nossa relação. Nosso amor é tão burro. - dizia ela, aos prantos.
Mas algo me impedia de concordar, de falar, de chorar junto, de beijá-la, mesmo sabendo que era tudo verdade. O nosso amor era ingênuo, o burro era eu... E além do mais, mentiroso. Eu nunca tive um mundo real.
Gabriel Andreolli.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Um blues pra distância
Um segundo, por favor,
Que dentro dos teus olhos poentes eu guardo sempre o meu calor.
Não neste mundo, meu amor,
Que a gente vai se encontrar em algumas das curvas que a vida dá.
Aguenta um pouco,
Que falta um bocado de tempo pra te abraçar,
E já que tu não estás por perto eu continuo a jogar,
Eu nunca quis ser peça alguma, e vou errando,
De uma em uma, até em ti repousar...
Vem aqui, me deixa te roubar,
Bem aqui, eu devo te mostrar,
Que nessas ruas avessas a gente pode dançar,
Afinal, somos só dois corações perdidos,
Numa selva de concretos erguidos,
Só sabendo do final e nada mais.
Gabriel Andreolli.
Que dentro dos teus olhos poentes eu guardo sempre o meu calor.
Não neste mundo, meu amor,
Que a gente vai se encontrar em algumas das curvas que a vida dá.
Aguenta um pouco,
Que falta um bocado de tempo pra te abraçar,
E já que tu não estás por perto eu continuo a jogar,
Eu nunca quis ser peça alguma, e vou errando,
De uma em uma, até em ti repousar...
Vem aqui, me deixa te roubar,
Bem aqui, eu devo te mostrar,
Que nessas ruas avessas a gente pode dançar,
Afinal, somos só dois corações perdidos,
Numa selva de concretos erguidos,
Só sabendo do final e nada mais.
Gabriel Andreolli.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Por que não?
Porque
Não me alenta essa tua beleza distante,
Não me acalmam esses teus olhos gritantes,
Não me afaga o carisma pregado em teu semblante,
E escondi tudo isso aqui dentro do meu caráter errante.
Não me agrada essa tua pele de neve,
Não me aquece essa tua cama que ferve,
Não me envolve teu carinho que não me serve,
Não me consome essa paixão que fora breve.
Agora não reclame da minha apatia,
Pouco do que sobrou daqueles trinta dias,
Foram as lembranças de algo que senti,
Mas o que passa, eu deixo evaporar,
Assim eu escrevo que não sei amar.
Não, eu não sei lidar.
Gabriel Andreolli.
Não me alenta essa tua beleza distante,
Não me acalmam esses teus olhos gritantes,
Não me afaga o carisma pregado em teu semblante,
E escondi tudo isso aqui dentro do meu caráter errante.
Não me agrada essa tua pele de neve,
Não me aquece essa tua cama que ferve,
Não me envolve teu carinho que não me serve,
Não me consome essa paixão que fora breve.
Agora não reclame da minha apatia,
Pouco do que sobrou daqueles trinta dias,
Foram as lembranças de algo que senti,
Mas o que passa, eu deixo evaporar,
Assim eu escrevo que não sei amar.
Não, eu não sei lidar.
Gabriel Andreolli.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
@angustifolia
Angustia sentido devasso que faz o espírito inquieto
Que no peito sufoca os sentimentos da vida
E é quando a lágrima sentida cobre o brilho da alma
Embaça as cores da vida nos roubando à calma
Folia, sentimento moleque que nasce criança
Sem forma, sentido, rumo ou direção
Um misto de alegria com descompromisso
É viver a vida sem pensar em nada,
É cheiro de chuva, de terra molhada
Só lembranças boas na memória retrata
E quando se juntam qual o resultado?
Não é apropriado buscar definição
É sentimento pagão feito em metamorfose
Que em altas doses é recomendado
É sem meio termo, vivido no extremo
Como chorar sorrindo ou sorrir chorando
Cantando tristezas versando alegrias
Que bela mistura tem o resultado
Que deixa o recado sem palavras vazias
Ficando o resumo em ANGUSTIFOLIA.
Alexandre Zampiva.
Que no peito sufoca os sentimentos da vida
E é quando a lágrima sentida cobre o brilho da alma
Embaça as cores da vida nos roubando à calma
Folia, sentimento moleque que nasce criança
Sem forma, sentido, rumo ou direção
Um misto de alegria com descompromisso
É viver a vida sem pensar em nada,
É cheiro de chuva, de terra molhada
Só lembranças boas na memória retrata
E quando se juntam qual o resultado?
Não é apropriado buscar definição
É sentimento pagão feito em metamorfose
Que em altas doses é recomendado
É sem meio termo, vivido no extremo
Como chorar sorrindo ou sorrir chorando
Cantando tristezas versando alegrias
Que bela mistura tem o resultado
Que deixa o recado sem palavras vazias
Ficando o resumo em ANGUSTIFOLIA.
Alexandre Zampiva.
Noite II
Noite, tempo guardado ao sono dos justos
E para os insanos uma fábrica de ideias
Lider da alcatéia o lobo dos devaneios
Se mostra em anseios, angustias e dilemas
Sem causar problemas à identidade
Traz a genialidade dos textos e poemas
Noite, alimento sagrado do boêmio perdido
Que a insônia castiga lembrando de amores
E em dissabores adoça os sentidos
Derrama-os perdidos em poucas palavras
Desenhando a alma rabiscada em versos
Que por certo em lágrimas o espírito lava
Noite, é ninho perfeito para os temores
Mãe da insegurança que da luz ao silêncio
Semeando o medo nas mentes loucas
Sentindo na boca o trepidar dos lábios
E até os mais sábios não revelam os segredos
Pois sabem que a noite também é mãe dos medos
Alexandre Zampiva.
E para os insanos uma fábrica de ideias
Lider da alcatéia o lobo dos devaneios
Se mostra em anseios, angustias e dilemas
Sem causar problemas à identidade
Traz a genialidade dos textos e poemas
Noite, alimento sagrado do boêmio perdido
Que a insônia castiga lembrando de amores
E em dissabores adoça os sentidos
Derrama-os perdidos em poucas palavras
Desenhando a alma rabiscada em versos
Que por certo em lágrimas o espírito lava
Noite, é ninho perfeito para os temores
Mãe da insegurança que da luz ao silêncio
Semeando o medo nas mentes loucas
Sentindo na boca o trepidar dos lábios
E até os mais sábios não revelam os segredos
Pois sabem que a noite também é mãe dos medos
Alexandre Zampiva.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Vem Comigo Navegar
Tenho me perguntado o que você espera...
Eu icei minha vela, vem comigo navegar,
Num mar de lençóis,
Onde possamos ficar a sós,
Bem longe, onde só exista nós,
Contigo me perco e admito
E quando encontro,
Encontro-me perdido,
Bem aqui,
Me deixa te envolver,
Prometo roubar o mar
E asas pra voar,
Só pra te levar,
Pra um outro planeta
Onde não exista tristeza,
Muito menos lágrimas.
Abra os braços e venha correndo,
Que o medo já ausente,
Me mantém quente a te esperar.
Gabriel Andreolli e Rafael Panegalli.
Eu icei minha vela, vem comigo navegar,
Num mar de lençóis,
Onde possamos ficar a sós,
Bem longe, onde só exista nós,
Contigo me perco e admito
E quando encontro,
Encontro-me perdido,
Bem aqui,
Me deixa te envolver,
Prometo roubar o mar
E asas pra voar,
Só pra te levar,
Pra um outro planeta
Onde não exista tristeza,
Muito menos lágrimas.
Abra os braços e venha correndo,
Que o medo já ausente,
Me mantém quente a te esperar.
Gabriel Andreolli e Rafael Panegalli.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Polarização Universal
Lúcifer
“Do paraíso atirei-me de cabeça ao purgatório. Percorri quilômetros em queda livre, e ao me esfacelar naquele solo ardente, encontro-os me esperando, Caim, Nero, e toda a encarnação da maldade. Eles queriam apenas ver em meus olhos o ódio que me fez descer, e acreditar no que fui capaz de fazer. Invejavam-me. Nunca viram tanta escuridão, achavam-se donos do umbral. Tornei-me um buraco galáctico com o passar das eras. Sou a explosão atroz do sistema solar e o obscuro. Sou a ausência de luz e sou eu quem vai te fazer largar tudo e cair. Porque aqui embaixo, eu sou o imperador que regressa, e quanto a ti... Nada mais que um servo.”
Deus
“Não acredito que em meio a dragões a esquizofrenia do mal se jogou ao inferno. Não creio que ele pisou sobre meu céu e dançou o funesto ritual. Como não percebi? Era escuro demais para ser um de meus anjos. Ah... Ele foi capaz. Esquartejou a inocência daquela garota em terra, usou da corda para encontrar o portal da morte, pulou os portões celestiais, e agora deve de estar sentado em seu trono rubro na treva do inferno. Maldito Lúcifer. Ensinei-o bem.”
Gabriel Andreolli.
“Do paraíso atirei-me de cabeça ao purgatório. Percorri quilômetros em queda livre, e ao me esfacelar naquele solo ardente, encontro-os me esperando, Caim, Nero, e toda a encarnação da maldade. Eles queriam apenas ver em meus olhos o ódio que me fez descer, e acreditar no que fui capaz de fazer. Invejavam-me. Nunca viram tanta escuridão, achavam-se donos do umbral. Tornei-me um buraco galáctico com o passar das eras. Sou a explosão atroz do sistema solar e o obscuro. Sou a ausência de luz e sou eu quem vai te fazer largar tudo e cair. Porque aqui embaixo, eu sou o imperador que regressa, e quanto a ti... Nada mais que um servo.”
Deus
“Não acredito que em meio a dragões a esquizofrenia do mal se jogou ao inferno. Não creio que ele pisou sobre meu céu e dançou o funesto ritual. Como não percebi? Era escuro demais para ser um de meus anjos. Ah... Ele foi capaz. Esquartejou a inocência daquela garota em terra, usou da corda para encontrar o portal da morte, pulou os portões celestiais, e agora deve de estar sentado em seu trono rubro na treva do inferno. Maldito Lúcifer. Ensinei-o bem.”
Gabriel Andreolli.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Sobre F.T.
Sonho mais do que me permito realizar,
Preciso ouvir algum som mais alto que as batidas desse coração,
Assim eu me distraio,
E traio minha mente, corpo e espírito.
Continuo te perdendo
Em cada esquina das ruas do sentimento,
Pois me foges a todo instante.
E fico aqui, escrevendo...
Crônicas sem um final,
Na areia da praia que me surge nesse litoral,
Somente para ver a maré subir e as apagar,
Pro remorso comigo não ficar.
É bem mais fácil destruir o que não se vive,
É bem mais triste tentar, e se arrepender,
Sou apenas um cara que não sabe o que vai fazer,
E que nunca, jamais, irá parar de correr.
Gabriel Andreolli.
Preciso ouvir algum som mais alto que as batidas desse coração,
Assim eu me distraio,
E traio minha mente, corpo e espírito.
Continuo te perdendo
Em cada esquina das ruas do sentimento,
Pois me foges a todo instante.
E fico aqui, escrevendo...
Crônicas sem um final,
Na areia da praia que me surge nesse litoral,
Somente para ver a maré subir e as apagar,
Pro remorso comigo não ficar.
É bem mais fácil destruir o que não se vive,
É bem mais triste tentar, e se arrepender,
Sou apenas um cara que não sabe o que vai fazer,
E que nunca, jamais, irá parar de correr.
Gabriel Andreolli.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Eu sou o Delírio
O dia foi dormir e me mandou procurar
Algo novo pra usar, pra minha mente delirar,
Foi quando ela apareceu, vestida pra matar,
Quem diria ela me escolheu,
Pra essa noite ela me usar...
Guria dos olhos que roubam corações,
Pra possuir você eu tenho um milhão de razões.
Quero encontrar o verbo mais imundo que exista pra falar,
Só pra sussurrar na tua orelha quando você for me levar,
Pra onde quer que seja
Eu quero um pouquinho daquilo que você tem pra dar,
Eu quero o amor das tuas pernas
E do que há entre elas...
Rafael Panegalli.
Algo novo pra usar, pra minha mente delirar,
Foi quando ela apareceu, vestida pra matar,
Quem diria ela me escolheu,
Pra essa noite ela me usar...
Guria dos olhos que roubam corações,
Pra possuir você eu tenho um milhão de razões.
Quero encontrar o verbo mais imundo que exista pra falar,
Só pra sussurrar na tua orelha quando você for me levar,
Pra onde quer que seja
Eu quero um pouquinho daquilo que você tem pra dar,
Eu quero o amor das tuas pernas
E do que há entre elas...
Rafael Panegalli.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Desventura
Tentei imaginar alguma forma de calar
Esse demônio em mim,
Que grita por socorro,
Cada vez que fecha os olhos...
Mas a noite me faz
Querer algo mais,
Pra adiar o fim,
Já que o sol vai nascer,
Aqui na minha janela,
Às seis da manhã
Pra bagunçar a tela que pintei
Com as cores do tempo,
Nessa ressaca da vida.
Gabriel Andreolli.
Esse demônio em mim,
Que grita por socorro,
Cada vez que fecha os olhos...
Mas a noite me faz
Querer algo mais,
Pra adiar o fim,
Já que o sol vai nascer,
Aqui na minha janela,
Às seis da manhã
Pra bagunçar a tela que pintei
Com as cores do tempo,
Nessa ressaca da vida.
Gabriel Andreolli.
sábado, 18 de setembro de 2010
Santa Amargura dos Perdedores
Eu não quis mais escrever
Meus sentimentos e palavras se perderam na confusão do meu ser
A taquicardia já fazia parte de mim,
Mas a euforia sempre foi fria e calculista.
Ansiedade que me consome,
Por favor, permita-me respirar
Sem ter de transpirar a angústia de pensar no próximo segundo!
E se este não for o meu mundo?
Ah, mas isso não importa para eles...
Sigo existindo na minha substância,
Descolorindo paisagens,
Perdendo-me em cada canto,
São muitos os detalhes
E cada vez que me vem essa tua imagem,
Declaro guerra, aos prantos.
Oh, Santa Amargura dos Perdedores!
Atira uma pedra em meus neurônios,
Ensaia uma tempestade e a apresenta no Coliseu do meu caminho.
Embebede-se de vinho
E convide minha alma para festa.
Choque meus princípios!
Cravado neste solo infértil e vencido,
Encontro-me no início.
A luz do sol crema toda esperança
E quanto mais as cinzas aparecem em ti,
Mais te calo em mim e fico bem assim,
Esperando o vento te soprar...
Para bem longe,
Pra eu nunca mais achar.
Gabriel Andreolli.
Meus sentimentos e palavras se perderam na confusão do meu ser
A taquicardia já fazia parte de mim,
Mas a euforia sempre foi fria e calculista.
Ansiedade que me consome,
Por favor, permita-me respirar
Sem ter de transpirar a angústia de pensar no próximo segundo!
E se este não for o meu mundo?
Ah, mas isso não importa para eles...
Sigo existindo na minha substância,
Descolorindo paisagens,
Perdendo-me em cada canto,
São muitos os detalhes
E cada vez que me vem essa tua imagem,
Declaro guerra, aos prantos.
Oh, Santa Amargura dos Perdedores!
Atira uma pedra em meus neurônios,
Ensaia uma tempestade e a apresenta no Coliseu do meu caminho.
Embebede-se de vinho
E convide minha alma para festa.
Choque meus princípios!
Cravado neste solo infértil e vencido,
Encontro-me no início.
A luz do sol crema toda esperança
E quanto mais as cinzas aparecem em ti,
Mais te calo em mim e fico bem assim,
Esperando o vento te soprar...
Para bem longe,
Pra eu nunca mais achar.
Gabriel Andreolli.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Tempo
Sabe quando a verdade cai sobre ti?
Aquela que as crianças não conhecem,
Aquela que assusta, que machuca, que transforma
E te mostra que o tempo cria os piores monstros.
É um incômodo saber que por anos me enganei,
Meu problema foi sempre esperar que alguém fosse desenhar o futuro que sonhei,
Quando nunca nem mesmo tentei te ilustrar...
E a verdade caiu novamente, mas para outro lado,
Pro lado que não aguentou segurar,
Pro lado que te deixou no chão e continuou a caminhar,
E então parei por aqui pra respirar e escrever,
Que qualquer lembrança é passado,
E que o mesmo tempo que cria os monstros mais cruéis,
É o tempo que te livra do fardo e te deixa viver.
Gabriel Andreolli.
Aquela que as crianças não conhecem,
Aquela que assusta, que machuca, que transforma
E te mostra que o tempo cria os piores monstros.
É um incômodo saber que por anos me enganei,
Meu problema foi sempre esperar que alguém fosse desenhar o futuro que sonhei,
Quando nunca nem mesmo tentei te ilustrar...
E a verdade caiu novamente, mas para outro lado,
Pro lado que não aguentou segurar,
Pro lado que te deixou no chão e continuou a caminhar,
E então parei por aqui pra respirar e escrever,
Que qualquer lembrança é passado,
E que o mesmo tempo que cria os monstros mais cruéis,
É o tempo que te livra do fardo e te deixa viver.
Gabriel Andreolli.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Deterioração Cardíaca
Eu atravessei o mar do tempo e enlouqueci mais um pouquinho com todo o sofrimento.
E abandonei. Abandonei os segundos e entrei em erosão.
Enxerguei-me enrugado, de cabelos brancos em profunda solidão.
Os vermes das eras alimentaram-se da boa vontade da matéria, com prontidão.
E aqui me encontrei, em meu leito,
Lendo as memórias de uma vida sem glória, de arrependimentos.
Mas esse sou eu, um império em chamas meio desatento com as batidas do coração.
E está parando. Parou. Pronto.
Gabriel Andreolli.
E abandonei. Abandonei os segundos e entrei em erosão.
Enxerguei-me enrugado, de cabelos brancos em profunda solidão.
Os vermes das eras alimentaram-se da boa vontade da matéria, com prontidão.
E aqui me encontrei, em meu leito,
Lendo as memórias de uma vida sem glória, de arrependimentos.
Mas esse sou eu, um império em chamas meio desatento com as batidas do coração.
E está parando. Parou. Pronto.
Gabriel Andreolli.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
Relação Alcoólica
Quando a visão está turva e teus pés vão de encontro a cada passo,
Quando a garrafa de vinho termina e o vazio maior ainda é o teu espaço…
Quando aquele perfume invade teu quarto,
E ao invés de derrubar uma lágrima sequer só desejas mais um frasco.
Entre sem bater, tire os sapatos.
Aproveite essa relação alcoólica,
Que quando acordar não vai saber onde está.
Correndo sem parar nunca vai encontrar,
Porque nem sabes mais o que procura.
Gabriel Andreolli.
Quando a garrafa de vinho termina e o vazio maior ainda é o teu espaço…
Quando aquele perfume invade teu quarto,
E ao invés de derrubar uma lágrima sequer só desejas mais um frasco.
Entre sem bater, tire os sapatos.
Aproveite essa relação alcoólica,
Que quando acordar não vai saber onde está.
Correndo sem parar nunca vai encontrar,
Porque nem sabes mais o que procura.
Gabriel Andreolli.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Volúpia
Ah, guria...
Grita em meus ouvidos o que eu quero escutar. Beija meu pescoço como quem quer me agradar.
Tira a tua roupa, sem pressa, pra eu te observar. Deita em minha cama só pra eu te mostrar que meu quarto também ri no final.
Dê-me calafrios, pra que eu possa te aspirar. Puxo teus cabelos pra que possamos prosperar.
Vira de costas e me deixa desenhar na volúpia que são os detalhes do teu corpo, um novo sistema solar.
Agora quebra o silêncio com o suspiro que te faz flutuar, lava essa alma corroída que insiste em se guardar.
Ah, guria, me ajuda a te ajudar...
A garrafa está vazia e a madrugada vai chegar...
Minha mão está fria e acabamos de começar.
Gabriel Andreolli.
Grita em meus ouvidos o que eu quero escutar. Beija meu pescoço como quem quer me agradar.
Tira a tua roupa, sem pressa, pra eu te observar. Deita em minha cama só pra eu te mostrar que meu quarto também ri no final.
Dê-me calafrios, pra que eu possa te aspirar. Puxo teus cabelos pra que possamos prosperar.
Vira de costas e me deixa desenhar na volúpia que são os detalhes do teu corpo, um novo sistema solar.
Agora quebra o silêncio com o suspiro que te faz flutuar, lava essa alma corroída que insiste em se guardar.
Ah, guria, me ajuda a te ajudar...
A garrafa está vazia e a madrugada vai chegar...
Minha mão está fria e acabamos de começar.
Gabriel Andreolli.
domingo, 25 de julho de 2010
Folha 13
Derreti toda a fúria e nessa taça eu bebi.
Calei minha luxúria com os olhos em chamas e nem insisti.
Respeite minha aridez,
Sou o deserto que se inunda e se seca todo dia,
O dia que vira noite e não esfria...
Mas passei um café porque a chuva me mandou entrar,
Inventei melodias porque a ansiedade me consumia...
E não consegui me calar.
Cantei, roubei uma constelação...
E agora aqui estou,
Sempre a passos de te encontrar,
Mas a cada passo teu são dois meus tentando te alcançar.
Gabriel Andreolli.
Calei minha luxúria com os olhos em chamas e nem insisti.
Respeite minha aridez,
Sou o deserto que se inunda e se seca todo dia,
O dia que vira noite e não esfria...
Mas passei um café porque a chuva me mandou entrar,
Inventei melodias porque a ansiedade me consumia...
E não consegui me calar.
Cantei, roubei uma constelação...
E agora aqui estou,
Sempre a passos de te encontrar,
Mas a cada passo teu são dois meus tentando te alcançar.
Gabriel Andreolli.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Meia luz
Nessa luz fraca não te vejo,
Por mais que eu queira tu não apareces pra mim.
O café está sempre com o mesmo sabor,
Amargo, mais do que sou.
E quando tu vai brilhar?
E quando tu vai sair?
E quando eu te achar,
Você não vai cair.
Não repita que fujo,
Não te engano, eu juro.
Desculpe por correr, mas aqui eu estou.
Vou parar, te prometo que vou,
Sei que esperas muito de mim.
Cansei de tentar escrever para ter,
Algo de bom para ler e sentir.
O futuro é meu e tu sabes que não tenho escolha.
Vou te dominar com fogo,
E vai restar só a cinza,
Vou te descobrir e te guardar agora.
Porque nesse final não existem as horas.
Gabriel Andreolli.
Por mais que eu queira tu não apareces pra mim.
O café está sempre com o mesmo sabor,
Amargo, mais do que sou.
E quando tu vai brilhar?
E quando tu vai sair?
E quando eu te achar,
Você não vai cair.
Não repita que fujo,
Não te engano, eu juro.
Desculpe por correr, mas aqui eu estou.
Vou parar, te prometo que vou,
Sei que esperas muito de mim.
Cansei de tentar escrever para ter,
Algo de bom para ler e sentir.
O futuro é meu e tu sabes que não tenho escolha.
Vou te dominar com fogo,
E vai restar só a cinza,
Vou te descobrir e te guardar agora.
Porque nesse final não existem as horas.
Gabriel Andreolli.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Delírio
Sou a ânsia do mundo comprimida,
Sou a glória e a revolta, desinibidas.
Sou o delírio, frio e calculista.
Sou a noite armada.
Sou a guerra e a paz, derrotadas.
Sou a parte que não foi encontrada.
Sou o que sou, e o que me cansa.
Gabriel Andreolli.
Sou a glória e a revolta, desinibidas.
Sou o delírio, frio e calculista.
Sou a noite armada.
Sou a guerra e a paz, derrotadas.
Sou a parte que não foi encontrada.
Sou o que sou, e o que me cansa.
Gabriel Andreolli.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Noite
Sempre muito minha essas madrugadas,
Que me fazem esquecer de como é fechar os olhos e apagar,
Estou aqui, vivendo sem deixar passar,
Aproveitando cada segundo dessas noites
Calando aqui dentro cada vontade de sumir,
Bagunço meus lençóis pra não sentir
A falta que faz aqueles olhos surgirem.
Mas olha só, noite,
Não é aqui,
Bata em outra porta,
Essa eu não vou abrir,
Me deixa em paz,
Não quero dormir.
Isso eu escolhi.
Gabriel Andreolli.
Que me fazem esquecer de como é fechar os olhos e apagar,
Estou aqui, vivendo sem deixar passar,
Aproveitando cada segundo dessas noites
Calando aqui dentro cada vontade de sumir,
Bagunço meus lençóis pra não sentir
A falta que faz aqueles olhos surgirem.
Mas olha só, noite,
Não é aqui,
Bata em outra porta,
Essa eu não vou abrir,
Me deixa em paz,
Não quero dormir.
Isso eu escolhi.
Gabriel Andreolli.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
"Getting off my chest the story ends"
Escreveu no céu as mais belas poesias com as mãos em chamas. Acreditava que ao registrá-las em fogo bem perto das estrelas faria com que sua amada as lesse toda vez que olhasse para cima, buscando conforto na calada da noite. Queria se tornar tão eterno quanto os "eu te amo para sempre" que costumava ouvir em outros carnavais. Pobre rapaz. Mal sabia que sua pequena estava cega, que voava com um novo par de asas, e que aquele seu corpo voluptuoso que fora desenhado para as noites de tango mais quentes do universo pertencia agora a outro alguém. Ela não olhava para cima e ele nunca iria querer saber. Nunca. Preferia acreditar que aquilo ainda era seu. Muito mais fácil.
Mas infelizmente certo dia descobriu, e neste dia pude ver a próxima guerra mundial em seus olhos. Aquele coração que já fora muito bom se transformou no mais atroz de todos. Tornou-se mais frio que o Alaska. Apagou a cuspe todos os seus poemas escritos no céu, incinerou as lembranças, regurgitou todo seu ódio e seguiu feliz. Era um cara livre e o dia estava ensolarado. Meu grande amigo sorriu com lucidez.
Gabriel Andreolli.
Mas infelizmente certo dia descobriu, e neste dia pude ver a próxima guerra mundial em seus olhos. Aquele coração que já fora muito bom se transformou no mais atroz de todos. Tornou-se mais frio que o Alaska. Apagou a cuspe todos os seus poemas escritos no céu, incinerou as lembranças, regurgitou todo seu ódio e seguiu feliz. Era um cara livre e o dia estava ensolarado. Meu grande amigo sorriu com lucidez.
Gabriel Andreolli.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Esperanza
Contrario em minha mente o obscuro
E te encontro sentada incandescente.
O brilho do teu olhar perdeu-se no infinito do meu.
Esfacelado prenso a esperança, descobri,
O vermelho dos meus olhos não é pura maldade.
Derrama todo o veneno do mundo em meu copo,
E deixe que eu bebo sozinho.
Você já está bêbada demais.
Larga essa garrafa e vem dançar,
Ou deita aqui e eu te mostro o universo.
Derrama todo o veneno do mundo em meu copo,
E deixe que eu bebo sozinho,
Isso é pouco do que posso suportar.
Gabriel Andreolli.
E te encontro sentada incandescente.
O brilho do teu olhar perdeu-se no infinito do meu.
Esfacelado prenso a esperança, descobri,
O vermelho dos meus olhos não é pura maldade.
Derrama todo o veneno do mundo em meu copo,
E deixe que eu bebo sozinho.
Você já está bêbada demais.
Larga essa garrafa e vem dançar,
Ou deita aqui e eu te mostro o universo.
Derrama todo o veneno do mundo em meu copo,
E deixe que eu bebo sozinho,
Isso é pouco do que posso suportar.
Gabriel Andreolli.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Colder than Alaska
Well, it's still kinda cold over here, and its amazing how the cold from outside is warm compared to what I keep inside. So far from what I'm supposed to be, so lost like I always imagined, opening the fridge in the middle of the night and gettin a beer... collecting them, my partners over the sarcasm nights.
Step by step and I walk backwards, frozen like a hatred mask, pepper in my eyes and some weird dreams. Wake up brother.
Gabriel Andreolli e Alysson Klein.
Step by step and I walk backwards, frozen like a hatred mask, pepper in my eyes and some weird dreams. Wake up brother.
Gabriel Andreolli e Alysson Klein.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
A culpa é desse inverno
Às vezes queria ter um time pra torcer,
Uma rua pequena pra correr,
Uma mão pra segurar o peso dessa calma,
Uma alma pra compartilhar alguma verdade.
E acreditar.
Ter um sentido nessa direção.
Às vezes eu queria um calor pra esquentar minha cama vazia e vencida.
Deixa eu contaminar essa tua escuridão,
Com o pouco do amor que resta aqui.
É pequena, me encontra, que dessa vez é pra eu não te perder.
Mas se for o caso, eu cavo um buraco
E enterro teu nome junto às estrelas,
Pra ti não dormir sozinha.
Gabriel Andreolli.
Uma rua pequena pra correr,
Uma mão pra segurar o peso dessa calma,
Uma alma pra compartilhar alguma verdade.
E acreditar.
Ter um sentido nessa direção.
Às vezes eu queria um calor pra esquentar minha cama vazia e vencida.
Deixa eu contaminar essa tua escuridão,
Com o pouco do amor que resta aqui.
É pequena, me encontra, que dessa vez é pra eu não te perder.
Mas se for o caso, eu cavo um buraco
E enterro teu nome junto às estrelas,
Pra ti não dormir sozinha.
Gabriel Andreolli.
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