Eu atravessei o mar do tempo e enlouqueci mais um pouquinho com todo o sofrimento.
E abandonei. Abandonei os segundos e entrei em erosão.
Enxerguei-me enrugado, de cabelos brancos em profunda solidão.
Os vermes das eras alimentaram-se da boa vontade da matéria, com prontidão.
E aqui me encontrei, em meu leito,
Lendo as memórias de uma vida sem glória, de arrependimentos.
Mas esse sou eu, um império em chamas meio desatento com as batidas do coração.
E está parando. Parou. Pronto.
Gabriel Andreolli.
4 comentários:
Lindíssimo esse post.
Gostei, esse é intenso.
Parabéns, Gabriel!!! Permite boa reflexão acerca da efemeridade da existência. Impossível ler e olvidar o mestre Machado de Assis na célebre Memórias póstumas de Brás Cubas. Isso é intertextualidade!
odeio qndo se fala de solidão. as vezes ela até é uma boa companhia, mas eu ainda a odeio. pq ela toma a possibilidade de alguem te dar uma boa companhia e preencher aquela sensaçao q te falta.
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