quinta-feira, 29 de abril de 2010

Medusa

Sempre divertindo alguém, novas piadas ela têm.
Nos momentos tensos e intensos na sala à meia luz que falha,
Não há perguntas que não encontre boas respostas.
E sem boas respostas são só lorotas.
Mas para ela isso não importa, pois na cara dela nunca fecham a porta.
Por trás de seu belo sorriso,
Por trás de seu olhar cativante e fingido.
É só mais uma delas.
Não sabe o que é rastejar,
Nada na lama da luxúria,
E no intenso daquele olhar, encontro a chama pra incinerar,
Aqui no Alaska da minha esquizofrenia,
Concedo-lhe uma taça.
Bebe, desfruta, intensifica a lâmina da faca,
E me beija o pescoço.
Ela me faz tão bem quando age assim, me quer por dentro.
A presenteei com meu calor, lhe mostrei o quão ácido meu fluído pode ser,
Mas ela insistiu e quis quente, novamente.
Agora ela vê as estrelas, e eu sou o Sistema Solar,
E não vejo problemas em fazê-la gozar.
Sempre muito minha, poetizando minha agonia.


Gabriel Andreolli e Rafael Panegalli.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Por trás de seu belo sorriso,
por trás de seu olhar cativante e fingido" ela pode nao ser "só mais uma delas"