sábado, 18 de setembro de 2010

Santa Amargura dos Perdedores

Eu não quis mais escrever
Meus sentimentos e palavras se perderam na confusão do meu ser
A taquicardia já fazia parte de mim,
Mas a euforia sempre foi fria e calculista.

Ansiedade que me consome,
Por favor, permita-me respirar
Sem ter de transpirar a angústia de pensar no próximo segundo!
E se este não for o meu mundo?
Ah, mas isso não importa para eles...

Sigo existindo na minha substância,
Descolorindo paisagens,
Perdendo-me em cada canto,
São muitos os detalhes
E cada vez que me vem essa tua imagem,
Declaro guerra, aos prantos.

Oh, Santa Amargura dos Perdedores!
Atira uma pedra em meus neurônios,
Ensaia uma tempestade e a apresenta no Coliseu do meu caminho.
Embebede-se de vinho
E convide minha alma para festa.

Choque meus princípios!
Cravado neste solo infértil e vencido,
Encontro-me no início.

A luz do sol crema toda esperança
E quanto mais as cinzas aparecem em ti,
Mais te calo em mim e fico bem assim,
Esperando o vento te soprar...
Para bem longe,
Pra eu nunca mais achar.

Gabriel Andreolli.

4 comentários:

j disse...

Se isso for a Santa Amargura dos Perdedores, o que dizer da Santa Doçura dos Vencedores?
Tô fascinada pelos teus escritos, têm sido parte de mim nos últimos dias. E qualquer coisa, se a gente não se ver na aula, te encontro por aqui ;)

ana paula cansian disse...

eu curto como tu rima aparentemente "sem querer", sem métricas, sem frescuras, sem porra nenhuma! e como teus textos ficam geniais dessa maneira! mas esse aqui especalmente ficou com uma musicalidade muito taura... curti pra caralho! :D

Anônimo disse...

deprê =~

Alexandre Zampiva disse...

Mas a euforia sempre foi fria e calculista.

PQP que antagonismo louco.. mesmo sem querer... pq é assim que escrevemos.. sem pensar... o ilógico é que faz o texto ser tão atraente...

parabéns ae sr. Escrevente... Mr. Pac.. tah se superando.. gostei pra caralho do texto.

Master... huaha